SONHO LÚCIDO
quem tanto cansa
no raiar, amansa
no voltar, avança
no tentar, dança
balança e vai pra lá
se lança e vem pra cá
é dum brotar morto
é num seguir torto
é assim, quiçá, maduro
que se afoga um indeciso
na própria imensidão
já se vê o tempo passando
mas o nada nem pensa em ir
sorrir - diria um tolo
partir não é consolo
deitar
até amanhã
na vã tentativa de esquecer
sente a incoerência nascer
perde para ganhar aprender